Secularisms in a postsecular age?: religiosities and subjectivities in comparative perspective
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- Data 4 de agosto de 2019
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Adriano Santos Godoy
O que se tornou o secularismo com a virada pós-secular? É essa a pergunta que norteia os organizadores da coletânea. Há muito tempo o secularismo pauta os debates públicos e acadêmicos sobre o papel e o lugar da religião na contemporaneidade, mas o que se percebe atualmente é que ele não só deixou de ser a única opção viável, como também sua eficácia política passou a ser questionada.
Aliás, a própria concepção do que é o secularismo, e suas frentes de ação e reação, nunca foi uma unanimidade. Sejam as considerações de Jurgen Habermas a respeito da esfera pública ou a abordagem de Charles Taylor enquanto ideal de modernidade, os organizadores indicam que as teorizações sobre o secularismo tendem a obscurecer as suas dimensões empíricas.
Com a constatação de que é impossível uma única definição do que seria o secularismo, uma das preocupações dos organizadores é justamente entender a pluralidade de secularismos existentes pelo seu viés mais prático. Apostando na proposta de Talal Asad e Saba Mahmood, as referências mais recorrentes, o secularismo é apontado como um projeto normativo e ideológico do liberalismo político para enquadrar a religião como incompatível com a vida pública. Como Asad e Mahmood indicam, a perversidade dessa ideologia ser centrada na tradição cristã europeia está na exclusão de religiosidades outras, como o islamismo, que consequentemente passam a ser vistas como irracionais ou perigosas.
MAPRI, José; BLANES, Ruy; GIUMBELLI, Emerson; WILSON, Erin. Secularisms in a postsecular age?, : religiosities and subjectivities in comparative perspective. Cham: Palgrave Macmillian, 2017. 300 p.p.
Leia o texto completo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832018000300369&lng=pt&tlng=pt
Tag:secularismo
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