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    • Uma boa hora? Diferenças na produção de experiências de gestação, parto e puerpério

    Uma boa hora? Diferenças na produção de experiências de gestação, parto e puerpério

    • Categorias Eventos, NUES
    • Data 11 de fevereiro de 2020
    • Comentários 0 comentário

    Por Giorgia Carolina do Nascimento

    Sobretudo a partir dos anos 2000, têm despontado no Brasil ativismos em torno da bandeira pela “humanização do parto e nascimento”. Dessa prerrogativa derivam políticas públicas desenvolvidas pelo SUS e diversas produções acadêmicas. Ao mesmo tempo, nas últimas décadas, setores do movimento negro atuam pela criação e implementação de políticas reparatórias e específicas para essa população enquanto forma de combater iniquidades, como é o caso da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN).

    Diante desse cenário e partir de um olhar para produção de diferenças nos processos de gestação, parto e puerpério, tenho buscado entender de que modos as narrativas de mulheres negras e/ou as de classes populares tensionam ou corroboram discursos correntes sobre o parto – especificamente o biomédico tido hegemônico, os do estado e os das ativistas pelo “parto humanizado”, em suas diversidades práticas e discursivas. Nesta pesquisa, que se iniciou em 2018, tenho atentado para como, sobretudo, mulheres negras e/ou as de classes populares, mobilizadas por suas experiências, agenciam noções de “bom parto”  (PULHEZ, 2015).  Neste percalço, raça e classe despontam como categorias sociológicas privilegiadas e, ainda, reflexões sobre corpo e experiência, feminismos negro e interseccional e colonialidade  dão sustentação teórico-metodológica. 

    Por abranger diferentes níveis de complexidade e serviços de atenção ao pré-natal, parto e puerpério no SUS, o volume do material, fruto do trabalho de campo realizado especialmente em 2019, fez com que a dissertação se tornasse uma tese. A partir de então, atenta a questões êmicas referentes à dimensão da espiritualidade, o objeto de pesquisa se ampliou e passou a aderir ao tema do projeto “Espiritualidade Institucionalizada”.

    O trabalho de campo, em sua maior parte, já foi realizado. Nesta etnografia multissituada, além do acompanhamento de mulheres pela cidade de Campinas, figuram três instituições da região: Centros de Saúde na cidade de Campinas, o Centro de Atenção Integral a Saúde da Mulher (CAISM) e o Hospital Estadual de Sumaré (HES). Nesta última, um hospital que atende principalmente aquelas cuja gestação é classificada como alto risco, foi onde realizei a etapa mais recente e ainda não analisada da pesquisa. Ali estive em contato direto com as mulheres em parturição e no puerpério imediato e foi, sobretudo, onde a espiritualidade aparece como fator importante no campo; por conformar as experiências das mulheres, passa a atravessar a pesquisa de maneira mais significativa. 

    Também ao não separar a experiência do fazer estatal é que minha pesquisa ganha aderência ao projeto “Espiritualidade Institucionalizada”: as políticas públicas de saúde direcionadas à população negra são exemplo disso. No caso da PNSIPN, coloca-se a possibilidade de setores desta população terem suas práticas de saúde não biomédicas respaldadas em ambientes institucionais, no sentido de legitimar a espiritualidade como um fator de saúde. Ao tratar, especialmente, da “valorização de práticas populares” – ou seja, àquelas associadas ao campo do “tradicional” – a PNSIPN sugere interessantes relações a serem investigadas nesse novo momento da pesquisa. Caberá, assim, nos próximos anos, analisar a produção e implementação da PNSIPN e sua relação com os processos de gestação, parto e puerpério, as categorias de diferenciação e a dimensão da espiritualidade

    O campo vêm mostrando, assim como aponta a hipótese do projeto “Espiritualidade Institucionalizada”, não apenas que categoria espiritualidade tem adquirido cada vez mais legitimidade no campo da saúde, como também parece apontar outros modos de entender como essa legitimação ocorre, ao passo que tanto as narrativas e experiências das interlocutoras de pesquisa, os discursos ativistas, quanto a PNSIPN sugerem interessantes relações entre raça, classe, processos de gestação, parto e puerpério e espiritualidade.

    É dessa maneira que, enquanto proponho olhar para os diferentes lados do triângulo escaleno e para a reciprocidade das relações entre a experiência e a ponta dos serviços, o estado e as políticas públicas e os ativismos pela humanização do parto, a espiritualidade – assim como categorias de diferenciação tais como raça, classe e outras – se destaca como linha que conecta diferentes atores nessa malha. Ainda, ao privilegiar raça e classe como importantes categorias sociológicas, e ao tomá-las enquanto experiência corporificada, sugiro que um olhar interseccional para as diferenças na conformação dos processos de gestação, parto e puerpério pode também ampliar os modos de pensar a relação entre saúde e espiritualidade.

    Referência: PULHEZ, Mariana Marques. Vítimas de violência obstétrica: conflitos éticos em torno da legitimação de uma categoria. In: XI Reunión de Antropologia del Mercosur, 2015, Uruguai. Ponencias de Grupo de Trabajo 3, 2015.

    Tag:religião

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