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    • A espiritualidade como dimensão da atenção em Cuidados Paliativos

    A espiritualidade como dimensão da atenção em Cuidados Paliativos

    • Categorias Crônicas de Pesquisa, NUES
    • Data 30 de janeiro de 2020
    • Comentários 0 comentário

    Por Lucía Copelotti

    Entendidos como uma especialidade médica orientada à atenção de pacientes com diagnósticos de enfermidades que ameaçam a continuidade da vida, os Cuidados Paliativos constituem uma forma particular de assistência baseada em princípios que visam o acolhimento, o conforto, o controle da dor, o alívio do sofrimento, mais do que a busca pela cura. Em outros termos, a partir da constituição de equipes de saúde multidisciplinares, essa especialidade clínica busca promover a humanização da morte através da identificação das necessidades e preferências do paciente quanto ao tipo de cuidado e tratamento médico em um processo cujas decisões terapêuticas envolvem a pessoa doente e também seus familiares.  Essa especialidade clínica goza, portanto, de uma natureza ambígua. Por um lado, assim como qualquer outra especialidade médica, é protocolar, segue uma rotina pré-estabelecida de atenção à saúde. Por outro, está baseada nas demandas particulares dos pacientes, o que muitas vezes coloca o próprio protocolo à prova. De alguma maneira, os cuidados paliativos não estão à margem da prática clínica, mas pelo contrário, eles constituem sua franja, a partir do qual a clínica transforma seus protocolos.

    Em seus princípios, os Cuidados Paliativos procuram distanciar-se do modelo hegemônico de gestão dos cuidados, pautado em um ideal de assistência altamente tecnológico, racionalizado e impessoal. Nesse contexto, a morte e o morrer passam a ser concebidos como um processo, administrado e gerido pela equipe multiprofissional – constituída por médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outras especialidades – cuja proposta assistencial volta-se à humanização dos cuidados diante da finitude da vida a partir da comunicação aberta; das decisões consensuais e informadas entre paciente, familiares e a equipe médica; da afirmação da morte como um processo natural; e da reivindicação do uso apropriado da tecnologia e da medicalização na promoção do conforto e alivio da dor.

    Tais formulações e definições dos cuidados paliativos, característica do conjunto das pesquisas feitas até o momento no Brasil sobre o tema, positivam essa modalidade médica, enfatizam seus benefícios e seu papel disruptivo com relação à biomedicina. Ao fazê-lo, contudo, perdemos de vista as controvérsias que envolvem o tema, não apenas éticas, mas também situações que expõem, por exemplo, as tênues fronteiras entre o secular e o religioso nos hospitais quando surge uma demanda por atenção espiritual, ou ainda, como é o caso desta pesquisa, quando a própria equipe médica hospitalar assume o lugar de atenção ao espírito. Por essa razão, parece relevante perguntar, então, como “religião e espiritualidade” são tratadas pelos agentes do campo da saúde nas rotinas de cuidado a pacientes com diagnósticos de enfermidades que ameaçam a continuidade da vida?

    Nesta pesquisa, o meu interesse está centrado na possibilidade de indagar acerca do papel desempenhado por esses agentes de saúde no processo de inclusão da espiritualidade no horizonte assistencial e na produção de formas particulares de conceber, de manipular e administrar o par religião-saúde na prática clínica. Para tanto, o universo de análise desta investigação é, justamente, o processo de institucionalização e legitimação dos cuidados com a dimensão espiritual da saúde no âmbito dos cuidados paliativos.

    O deslocamento do foco analítico da esfera religiosa para a esfera da prática clínica não é casual, e busca dar conta das dinâmicas próprias desse fenômeno de institucionalização do par espiritualidade e saúde, marcado, entre outros aspectos, pela ressignificação do perfil dos especialistas responsáveis pela promoção do cuidado e do conforto espiritual em contextos hospitalares. A assistência à espiritualidade da pessoa doente, função tradicionalmente desempenhada por agentes religiosos, vem sendo incorporada cada vez mais por profissionais de diferentes especialidades médicas, e pode ser observada tanto na recorrência da categoria espiritualidade, e sua distinção em relação à religião, nos documentos, guias e manuais orientados à regulação da prática clínica em cuidados paliativos; quanto na proposição de instrumentos de diagnóstico, como escalas e questionários, utilizados para aferir, por exemplo, o nível de desconforto e sofrimento espiritual do paciente.

    Assim, diante desse cenário parece pertinente questionar: Como especialistas conjugam a prática biomédica com o cuidado da espiritualidade dos pacientes? Como se constituem os protocolos de atenção à dimensão espiritual da saúde nas rotinas de atendimento em contextos hospitalares? Em que termos é possível estruturar a oferta de cuidados espirituais em instituições oficiais de assistência à saúde? Estas são algumas das questões que mobilizam minha pesquisa e que pretendo responder ao longo da investigação.

    Tag:espiritualidade

    Sofia Scudeleti

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